Valeriano (253 – 260)

 

Valeriano (Reinado: 253–260 d.C.)

Contexto Histórico: Valeriano subiu ao poder durante uma das fases mais instáveis do Império Romano, marcada por guerras civis, pressões nas fronteiras e graves crises econômicas. O império enfrentava invasões de povos bárbaros, epidemias e uma constante rotatividade de imperadores, muitos dos quais foram derrubados por seus próprios exércitos.

Ascensão ao Poder: Valeriano era um senador respeitado e um homem de reputação ilustre, algo raro entre os imperadores da época. Foi proclamado imperador pelas tropas na Gália após a morte de Trajano Décio e a breve ascensão de Emiliano. Logo associou seu filho, Galieno, ao trono como coimperador, dividindo as responsabilidades militares e administrativas.

Política Interna e Religiosa: Valeriano tentou restaurar a autoridade imperial e reforçar a unidade do império. No entanto, ficou marcado por sua perseguição aos cristãos – uma das mais intensas até então –, motivada em parte pela busca por coesão religiosa e em parte por pressões políticas.

Campanha Contra os Persas e a Captura: O momento mais dramático de seu reinado ocorreu em 260 d.C., quando liderou uma campanha contra o Império Sassânida, que ameaçava as fronteiras orientais. Durante a Batalha de Edessa, Valeriano foi derrotado e feito prisioneiro pelo rei persa Shapur I, tornando-se o único imperador romano da história a ser capturado vivo por um inimigo estrangeiro — um golpe devastador para a imagem do poder imperial romano.

Consequências e Legado: Sua captura causou um abalo profundo na autoridade imperial. Galieno continuou governando sozinho, mas o império mergulhou ainda mais no caos. Quanto ao destino de Valeriano, os relatos variam: alguns dizem que foi mantido como troféu vivo; outros sugerem que foi executado e até usado como escabelo humano por Shapur — relatos provavelmente exagerados pelos romanos para vilificar os persas.