Maximino Daia (310 – 313)
Imperador Maximino Daia (310–313 d.C.)
Introdução
Maximino Daia, também conhecido como Galério Valério Maximino, foi uma figura central nos últimos anos da Tetrarquia Romana. Seu breve reinado foi marcado por conflitos políticos, perseguições religiosas e uma tentativa desesperada de manter o controle sobre o fragmentado Império Romano do Oriente. Esta monografia explora sua origem, ascensão ao poder, políticas, perseguições aos cristãos e seu declínio final.
Origens e Ascensão
Nascimento: Cerca de 270 d.C., em Félix Romuliana, na Dácia (atual Sérvia).
Família: Sobrinho do imperador Galério, que o adotou como filho e herdeiro.
Carreira militar: Ingressou no exército romano e destacou-se rapidamente.
Títulos:
Nomeado César em 305 d.C., governando a Síria e o Egito.
Autoproclamado Augusto em 310 d.C., após campanha contra os sassânidas2.
Governo e Política
Divisão do Império: Após a morte de Galério em 311, dividiu o Oriente com Licínio.
Conflitos internos:
Tentou manter o controle sobre a Ásia Menor.
Formou uma aliança secreta com o usurpador Magêncio contra Constantino e Licínio.
Campanha militar final:
Em 313, invadiu territórios de Licínio com um exército de 70.000 homens.
Derrotado na Batalha de Tziralo (Heracleia Pôntica) em 30 de abril de 3132.
Perseguição aos Cristãos
Hostilidade religiosa:
Ignorou o Édito de Tolerância de Galério (311) e renovou as perseguições2.
Encorajado por oráculos pagãos e elites urbanas do Oriente.
Casos notórios:
Segundo Eusébio de Cesareia, tentou forçar uma jovem cristã (possivelmente Santa Catarina de Alexandria) a renunciar à fé. Ao ser rejeitado, ordenou sua execução cruel.
Mudança tardia:
Após a derrota militar, emitiu seu próprio édito de tolerância aos cristãos pouco antes de morrer.
Queda e Morte
Fuga: Após a derrota, fugiu para Nicomédia e depois para Tarso.
Morte: Julho ou agosto de 313 d.C., em Tarso. As causas são atribuídas a:
Desespero
Envenenamento
“Justiça divina”, segundo fontes cristãs2.
Legado e Representações
Último Faraó: Foi o último governante romano a ser reconhecido como faraó no Egito, encerrando uma tradição de 3.400 anos.
Moedas e inscrições: Seu nome aparece em moedas com títulos como "MAXIMINUS P F AUG".
Reputação:
Visto como tirano e perseguidor pelos cristãos.
Considerado um dos últimos defensores do paganismo tradicional romano.
Conclusão
Maximino Daia representa o fim de uma era: o colapso da Tetrarquia, a transição do paganismo para o cristianismo como religião dominante e o declínio do modelo imperial fragmentado. Sua tentativa de restaurar o poder absoluto e o culto pagão fracassou diante da ascensão de Constantino e da nova ordem cristã que se consolidaria no Império Romano.