Gordiano II (238)
Gordiano II, uma figura efêmera mas significativa na história do Império Romano.
Contexto Histórico
O ano de 238 d.C. foi extremamente conturbado para Roma — ficou conhecido como o Ano dos Seis Imperadores. O império estava mergulhado em crises econômicas, sociais e, sobretudo, políticas, com sucessivas disputas de poder e revoltas militares.
Ascensão ao Poder
Gordiano II foi proclamado coimperador juntamente com seu pai, Gordiano I, na província da África Proconsular (atualmente Tunísia). Ambos foram levados ao trono não por ambição pessoal, mas por uma insurreição local contra o cruel governador nomeado por Maximinus Thrax, o então imperador.
Gordiano II era um homem culto, letrado e respeitado, mas não possuía experiência militar.
A aclamação dos Gordianos como imperadores teve amplo apoio do Senado, que via neles uma esperança contra o domínio opressivo de Maximinus.
Queda e Morte
A alegria durou pouco. Em questão de semanas, Capelianus — governador da Numídia e aliado de Maximinus — marchou contra Cartago com suas legiões veteranas.
Gordiano II liderou pessoalmente as tropas africanas, mas foi derrotado e morto na batalha.
Ao saber da morte do filho, Gordiano I tirou a própria vida.
Legado
Apesar do curto reinado (cerca de 21 dias), os Gordianos se tornaram símbolos de resistência senatorial ao poder imperial absoluto. O Senado, influenciado por essa memória, nomeou posteriormente Gordiano III, neto de Gordiano I, como imperador — restaurando a dinastia simbolicamente.