Gordiano I (238)
Gordiano I, uma figura central no turbulento Ano dos Seis Imperadores (238 d.C.).
Contexto Histórico
O Império Romano vivia uma fase de instabilidade política e militar. O imperador Maximino Trácio governava com mão de ferro, impondo pesados tributos e confiscos, o que gerou revoltas em várias províncias — especialmente na África Proconsular, onde Gordiano I era procônsul.
Ascensão ao Poder
Com cerca de 80 anos, Gordiano foi proclamado imperador em março de 238 por uma revolta local liderada por jovens aristocratas romanos insatisfeitos com os abusos de Maximino. Relutante, aceitou o título e associou seu filho, Gordiano II, ao trono. O Senado Romano rapidamente reconheceu ambos como imperadores, numa tentativa de restaurar a ordem e conter o autoritarismo de Maximino.
Reinado Brevíssimo
Apesar do apoio popular e senatorial, o reinado de Gordiano I durou apenas 22 dias. O governador da Numídia, Capeliano — leal a Maximino e inimigo pessoal de Gordiano — marchou contra Cartago com tropas experientes. Gordiano II foi morto em combate, e, devastado pela perda do filho e pela derrota iminente, Gordiano I cometeu suicídio.
Legado
Apesar da curta duração, Gordiano I é lembrado por seu caráter afável e erudição. Tanto ele quanto seu filho eram admiradores das letras e da filosofia. Sua morte impulsionou o Senado a continuar a resistência contra Maximino, culminando na ascensão de seu neto, Gordiano III, ao trono ainda em 238.