Emiliano (253)
Marco Emílio Emiliano foi um dos muitos imperadores romanos que surgiram durante o turbulento período conhecido como a Crise do Terceiro Século — uma época marcada por guerras civis, invasões bárbaras e instabilidade política. Seu reinado foi extremamente breve, durando apenas alguns meses em 253 d.C., mas sua ascensão e queda ilustram bem o caos desse período.
Origem e Ascensão
Emiliano nasceu por volta de 210 d.C. em Girba, na África Proconsular (atual Djerba, na Tunísia). De origem modesta, ele galgou posições no exército romano até se tornar governador da Mésia Inferior, uma província estratégica na fronteira do Danúbio. Quando os godos invadiram a região, Emiliano recusou-se a pagar os tributos prometidos por seu predecessor, Treboniano Galo, e partiu para o combate. Sua vitória contra os invasores foi tão impressionante que suas tropas o proclamaram imperador.
Conflito com Treboniano Galo
Após ser aclamado pelas legiões, Emiliano marchou rumo à Itália para enfrentar Treboniano Galo, o imperador legítimo. Antes mesmo de um confronto direto, Galo e seu filho Volusiano foram assassinados por seus próprios soldados, que temiam a força de Emiliano.
Queda e Morte
No entanto, o reinado de Emiliano foi efêmero. Valeriano, governador das províncias do Reno, também foi proclamado imperador por suas tropas e marchou contra Emiliano. Temendo o confronto com um exército superior, os próprios soldados de Emiliano o assassinaram em setembro de 253.
Legado
Embora tenha governado por apenas três meses, Emiliano é um exemplo claro de como o poder imperial romano, nesse período, estava nas mãos dos exércitos. Sua trajetória reflete a fragilidade das instituições romanas e a crescente militarização da política.