Blindados da Segunda Guerra Mundial

 


Modelos de Blindados da Segunda Guerra Mundial por País e Ano de Lançamento

A Segunda Guerra Mundial foi um período de intensa inovação no desenvolvimento de veículos blindados. Cada nação envolvida produziu uma variedade de tanques e outros veículos blindados, adaptados às suas doutrinas militares e capacidades industriais. Abaixo, apresento uma lista abrangente dos principais modelos de blindados que atuaram nesse conflito, organizados por país e, dentro de cada país, por seu ano de lançamento ou entrada em serviço. É importante notar que alguns modelos podem ter sido lançados antes de 1939, mas tiveram um papel significativo durante a guerra.

Alemanha

1934

Panzer I (Pz.Kpfw. I): O Pioneiro do Blitzkrieg e Seu Papel Além do Treinamento

O Panzerkampfwagen I (Pz.Kpfw. I), mais conhecido como Panzer I, foi o primeiro tanque produzido em massa pela Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial, marcando o renascimento da sua indústria bélica e o início de uma nova era na guerra mecanizada. Embora frequentemente lembrado como um veículo de treinamento e de transição, sua participação nos primeiros conflitos da Segunda Guerra Mundial, como a Guerra Civil Espanhola e as invasões da Polônia e França, revela um papel mais complexo e significativo do que sua designação "tanque leve" poderia sugerir.

O Contexto Pós-Versalhes e o Nascimento do Panzer I

Após o Tratado de Versalhes em 1919, a Alemanha foi severamente restringida em suas capacidades militares, incluindo a proibição de desenvolver e possuir tanques. No entanto, o desejo de rearmamento e a visão de líderes militares como Heinz Guderian para a guerra blindada impulsionaram o desenvolvimento clandestino de veículos de combate. Sob a égide de um programa de "tratores agrícolas" (Landwirtschaftlicher Schlepper), a empresa Krupp, em colaboração com outras como Daimler-Benz e Henschel, iniciou o projeto que levaria ao Panzer I.

O design inicial, o Kleintraktor, visava um veículo leve e simples para fins de treinamento e experimentação. A intenção não era criar um tanque de combate primário, mas sim uma plataforma para que a infantaria e as tripulações blindadas alemãs pudessem se familiarizar com a doutrina de guerra mecanizada que estava sendo desenvolvida.

Design e Variantes

O Panzer I era um tanque relativamente pequeno e leve, com uma tripulação de dois (comandante/atirador e motorista). Sua blindagem, fina em comparação com os tanques posteriores, destinava-se a proteger contra armas leves e estilhaços, mas era vulnerável a armas antitanque e até mesmo metralhadoras pesadas.

Principais Características e Variantes:

  • Pz.Kpfw. I Ausf. A: A primeira versão de produção, equipada com um motor a gasolina Krupp M305 de 57 cv. Tinha problemas de superaquecimento e suspensão, que seriam abordados na variante seguinte. Sua armamento consistia em duas metralhadoras MG 13 de 7,92 mm montadas coaxialmente na torre.

  • Pz.Kpfw. I Ausf. B: Uma versão aprimorada, com um chassi alongado para acomodar um motor Maybach NL 38 Tr de 100 cv, mais potente e confiável. A suspensão também foi melhorada, aumentando a estabilidade e o conforto da tripulação. A armamento permaneceu o mesmo.

  • Panzerbefehlswagen I (Pz.Bef.Wg. I): Uma variante de comando sem torre, equipada com rádios adicionais e uma superestrutura fixa. Essencial para a coordenação das unidades blindadas.

  • Panzerjäger I: Embora não seja um Panzer I original, essa conversão posterior utilizou o chassi do Panzer I para montar um canhão antitanque PaK 36(t) de 4,7 cm. Foi uma das primeiras tentativas alemãs de criar um caça-tanques autopropulsado.

  • Outras Variantes e Conversões: O chassi do Panzer I também foi usado para veículos de treinamento, transportadores de munição e até mesmo para protótipos de veículos de engenharia.

O Panzer I em Combate: Além do Treinamento

Apesar de sua concepção como veículo de treinamento, a necessidade e a urgência do rearmamento alemão levaram o Panzer I a um uso extensivo em combate, revelando tanto suas limitações quanto sua importância tática inicial.

  • Guerra Civil Espanhola (1936-1939): O Panzer I fez sua estreia em combate na Espanha, como parte da Legião Condor. Enfrentou tanques soviéticos T-26 e BT-5, que eram superiores em blindagem e armamento. Essa experiência foi crucial para os alemães, evidenciando a necessidade de tanques mais poderosos e aprimorando as táticas de guerra blindada. As lições aprendidas na Espanha influenciaram diretamente o desenvolvimento do Panzer III e Panzer IV.

  • Invasão da Polônia (1939): No início da Segunda Guerra Mundial, o Panzer I ainda constituía uma parte significativa das divisões blindadas alemãs. Embora os Panzer II, III e IV já estivessem em serviço, a produção não havia atingido a escala necessária para equipar todas as unidades. Na Polônia, o Panzer I serviu como um tanque de apoio à infantaria e reconhecimento, mas sua vulnerabilidade a armas antitanque polonesas tornou-se evidente.

  • Invasão da França (1940): A Campanha da França marcou o último grande uso do Panzer I em combate primário. Embora ainda presente em números consideráveis, sua obsolescência se tornou inegável diante dos tanques franceses e britânicos, como o Char B1 e o Matilda II, que possuíam blindagem e armamento superiores.

O Legado e a Importância do Panzer I

O Panzer I, apesar de suas deficiências como veículo de combate, desempenhou um papel insubstituível no desenvolvimento da Blitzkrieg.

  • Plataforma de Treinamento Crucial: Sua principal função era familiarizar as tripulações e comandantes alemães com a operação e táticas de tanques. Permitiu que o exército alemão experimentasse com formações blindadas, coordenação rádio e a doutrina de guerra móvel que se tornaria a marca registrada da Blitzkrieg.

  • Catalisador para o Desenvolvimento Futuro: As deficiências do Panzer I em combate serviram como valiosas lições para os projetistas e estrategistas alemães. A necessidade de blindagem mais espessa, armamento antitanque eficaz e motores mais potentes impulsionou o rápido desenvolvimento dos Panzer III e IV, que se tornariam os pilares das forças blindadas alemãs nos primeiros anos da guerra.

  • Símbolo do Rearmamento: O Panzer I foi um símbolo visível do renascimento militar da Alemanha e da sua determinação em desafiar as restrições de Versalhes.

Conclusão

O Panzer I, embora um tanque leve e modestamente armado, foi muito mais do que um simples veículo de treinamento. Ele foi o ponto de partida para a impressionante máquina de guerra blindada alemã. Sua presença nos campos de batalha iniciais da Segunda Guerra Mundial, embora marcada por vulnerabilidades, forneceu experiência crucial e revelou as necessidades para o desenvolvimento de tanques superiores. Sem o Panzer I e as lições aprendidas com seu uso, a doutrina da Blitzkrieg e o sucesso inicial da Wehrmacht teriam sido significativamente diferentes. Ele permanece como um testemunho da inovação e da adaptabilidade alemã em um período de intensa mudança militar.

1935

Panzer II (Pz.Kpfw. II)

O Panzerkampfwagen II (Pz.Kpfw. II), frequentemente abreviado para Panzer II, foi um tanque leve desenvolvido pela Alemanha na década de 1930. Embora concebido como um veículo de treinamento e uma solução provisória, ele desempenhou um papel crucial nas primeiras campanhas da Blitzkrieg durante a Segunda Guerra Mundial, servindo como o principal tanque de combate em muitas divisões blindadas alemãs até que os tanques mais pesados e mais capazes estivessem disponíveis em número suficiente.

Desenvolvimento e Antecedentes

Após a Primeira Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes impôs severas restrições militares à Alemanha, incluindo a proibição da posse de tanques. No entanto, o Reichswehr (e posteriormente a Wehrmacht) contornou essas proibições secretamente, iniciando programas de desenvolvimento de veículos blindados sob o disfarce de "tratores agrícolas" ou "veículos de treinamento".

O desenvolvimento do Panzer II começou em meados da década de 1930, quando se tornou evidente que o Panzer I, armado apenas com metralhadoras, era inadequado para o combate direto contra outros tanques. As especificações para um novo tanque leve, conhecido como Landwirtschaftlicher Schlepper 100 (Trator Agrícola 100) para mascarar seu propósito, foram emitidas em 1934. Krupp, MAN, Henschel e Daimler-Benz apresentaram protótipos.

A MAN AG foi selecionada para produzir o chassi e a Daimler-Benz para a torre. Os primeiros modelos de pré-produção, Panzer II Ausf. a1, a2, e a3, surgiram em 1935, com pequenas variações. A produção em larga escala do Ausf. b e Ausf. c começou em 1937. O Panzer II foi projetado para ser um tanque de treinamento e para preencher a lacuna enquanto o Panzer III e o Panzer IV, mais complexos e poderosos, ainda estavam em desenvolvimento e produção.

Características Técnicas e Armamento

O Panzer II era um tanque relativamente pequeno e leve, projetado para velocidade e manobrabilidade, não para blindagem pesada ou poder de fogo massivo.

Armamento Principal: O Canhão KwK 30/38 de 20 mm

O armamento principal do Panzer II era o canhão KwK 30 L/55 de 20 mm, posteriormente substituído pelo KwK 38 L/55 de 20 mm em variantes posteriores. Este canhão automático, derivado do canhão antiaéreo Flak 30/38 de 20 mm, era capaz de disparar uma variedade de munições:

  • Projéteis Perfura-Blindagem (AP): Eficazes contra veículos blindados leves e veículos de transporte.

  • Projéteis de Alto Explosivo (HE): Usados contra infantaria, posições não blindadas e veículos leves.

O canhão de 20 mm tinha uma alta cadência de tiro, o que o tornava formidável contra alvos levemente blindados e infantaria. No entanto, sua capacidade de penetração era limitada contra a blindagem frontal da maioria dos tanques inimigos mais pesados que começaram a aparecer em 1940 (como o Matilda britânico ou o Somua S35 francês, e posteriormente os T-34 e KV-1 soviéticos). A penetração máxima do projétil perfura-blindagem (PzGr.39) era de aproximadamente 20-23 mm a 500 metros com um ângulo de impacto de 30 graus.

Armamento Secundário

Além do canhão de 20 mm, o Panzer II era equipado com uma metralhadora coaxial MG 34 de 7,92 mm, montada ao lado do canhão principal na torre. Esta metralhadora fornecia um meio eficaz de engajar infantaria e alvos não blindados sem gastar a munição do canhão principal.

Blindagem

A blindagem do Panzer II era relativamente fina. Nas versões iniciais (Ausf. a a c), a blindagem frontal era de apenas 14,5 mm, lateral e traseira de 14,5 mm, e o teto e o assoalho de 5 mm a 10 mm. Essa proteção era suficiente para resistir a disparos de armas pequenas e estilhaços, mas vulnerável a canhões antitanque e até mesmo metralhadoras pesadas a curta distância.

Com a experiência de combate na Polônia, a blindagem frontal e lateral foi aumentada em algumas variantes (especialmente o Ausf. F) para 30-35 mm para dar alguma proteção adicional, mas isso ainda era insuficiente contra os principais canhões antitanque da época.

Mobilidade

O Panzer II era movido por um motor a gasolina Maybach HL 62 TRM de 6 cilindros, que produzia 140 hp. Isso permitia que o tanque atingisse uma velocidade máxima de aproximadamente 40 km/h em estrada e cerca de 20 km/h em terreno acidentado. Seu peso leve (cerca de 8 a 10 toneladas, dependendo da variante) e suspensão de barra de torção (nas versões posteriores) proporcionavam boa mobilidade e manobrabilidade. A autonomia operacional era de cerca de 200 km em estrada.

Tripulação

A tripulação do Panzer II era composta por três homens:

  • Comandante/Artilheiro: Sentado na torre, responsável por operar o canhão e a metralhadora, e dirigir as operações de combate.

  • Motorista: Localizado no casco, responsável pela condução do veículo.

  • Operador de Rádio/Carregador: Também no casco (em algumas variantes iniciais) ou na torre (em variantes posteriores como o Ausf. F), responsável pelas comunicações e, em algumas configurações, por auxiliar no carregamento (embora o canhão de 20mm fosse geralmente operado apenas pelo comandante). A função de carregador foi eliminada em algumas versões devido ao sistema de carregamento automático do canhão de 20mm.

Variantes Principais

Ao longo de sua produção, o Panzer II passou por várias modificações e variantes:

  • Panzer II Ausf. a, b, c (Sd.Kfz. 121): Versões de pré-produção e iniciais de produção.

  • Panzer II Ausf. A, B, C (Sd.Kfz. 121): As primeiras versões de produção em massa, com melhorias incrementais na blindagem e no motor.

  • Panzer II Ausf. D e E (Sd.Kfz. 121): Projetados para missões de reconhecimento, com suspensão Christie e maior velocidade, mas blindagem mais fina.

  • Panzer II Ausf. F (Sd.Kfz. 121): A variante mais numerosa e com a blindagem mais espessa (35 mm frontalmente) e um motor ligeiramente mais potente.

  • Panzer II Ausf. J (VK 16.01): Um protótipo fortemente blindado (80 mm frontalmente) e mais pesado, projetado para missões de reconhecimento pesado, mas apenas alguns foram construídos.

  • Panzer II Ausf. L "Luchs" (Sd.Kfz. 123): Uma versão de reconhecimento avançada, mais rápida, com suspensão Christie, melhor blindagem do que os modelos D/E e uma torre maior para um rádio adicional. Produzido em menor número, mas altamente eficaz.

Além das variantes de combate, o chassi do Panzer II foi utilizado para desenvolver uma série de veículos especializados:

  • Panzerjäger I (Sd.Kfz. 131): O primeiro destruidor de tanques alemão, armado com um canhão tcheco PaK 36(t) L/43 de 47 mm.

  • Wespe (Sd.Kfz. 124): Obuseiro autopropulsado, armado com um obuseiro leFH 18 M de 105 mm.

  • Marder II (Sd.Kfz. 132/131): Destruidor de tanques, armado com um canhão soviético capturado de 76,2 mm (Marder II/132) ou um PaK 40 de 75 mm (Marder II/131).

  • Flammpanzer II (Sd.Kfz. 122): Tanque lança-chamas, usado para limpar fortificações e posições inimigas.

Histórico Operacional

O Panzer II viu serviço extensivo nas primeiras campanhas da Wehrmacht, servindo como a espinha dorsal de muitas divisões Panzer antes que o Panzer III e o Panzer IV estivessem disponíveis em massa.

Invasão da Polônia (1939)

Na Invasão da Polônia, o Panzer II constituiu a maior parte dos tanques alemães. Seu canhão de 20 mm era eficaz contra os tanques leves poloneses (como o 7TP) e posições de infantaria. Sua velocidade e as táticas de Blitzkrieg foram cruciais para o sucesso alemão.

Batalha da França (1940)

Durante a Batalha da França, o Panzer II ainda era o tanque mais numeroso nas divisões Panzer. No entanto, ele enfrentou desafios significativos contra os tanques franceses e britânicos, como o Char B1 bis, o Somua S35 e o Matilda II, cuja blindagem era impenetrável para o canhão de 20 mm do Panzer II. Apesar disso, a superioridade tática alemã, a comunicação eficaz entre os tanques e o suporte aéreo permitiram que as forças alemãs superassem as desvantagens técnicas.

Campanhas do Norte da África e Leste Europeu (1941-1942)

Na Campanha Norte-Africana, o Panzer II continuou a ser usado, mas seu armamento e blindagem já eram claramente obsoletos contra os tanques britânicos e, posteriormente, americanos.

Na Invasão da União Soviética (Operação Barbarossa) em 1941, o Panzer II era ainda um componente significativo das divisões Panzer. No entanto, o surgimento do T-34 e do KV-1 soviéticos, tanques com blindagem e armamento muito superiores, expôs as severas limitações do Panzer II. Seu canhão de 20 mm era praticamente inútil contra esses novos tanques.

A partir de 1942, o Panzer II foi gradualmente retirado das linhas de frente como tanque de combate, sendo substituído pelos Panzer III e Panzer IV. Muitos chassis de Panzer II foram convertidos em veículos especializados, como os caça-tanques Marder II e os obuseiros autopropulsados Wespe, que serviram com sucesso até o final da guerra. As variantes de reconhecimento, como o Luchs, continuaram a ser usadas em papéis especializados devido à sua velocidade e agilidade.

Conclusão

O Panzer II, embora nunca tenha sido concebido como um tanque de combate principal a longo prazo, desempenhou um papel vital na fase inicial da Segunda Guerra Mundial. Sua produção em massa permitiu que a Alemanha construísse e treinasse suas divisões blindadas, pavimentando o caminho para o sucesso da Blitzkrieg.

O canhão KwK 30/38 de 20 mm, embora inovador para a época em termos de cadência de tiro e versatilidade contra alvos leves, rapidamente se tornou obsoleto em face dos avanços na blindagem dos tanques inimigos. No entanto, a flexibilidade de seu design e a capacidade da engenharia alemã de adaptá-lo para outras funções (como os Marder e Wespe) prolongaram a utilidade do chassi do Panzer II por toda a guerra.

O Panzer II é um testemunho da capacidade de adaptação e inovação da Wehrmacht em seus primeiros anos, e um lembrete de como o ritmo acelerado da guerra tecnológica tornou muitos designs rapidamente obsoletos, forçando a constante evolução do armamento blindado. Sua história é um capítulo importante na evolução dos tanques de guerra.


1937

Panzer III (Pz.Kpfw. III): Tanque médio, inicialmente com um canhão de 37 mm, depois atualizado para 50 mm. Projetado para combate contra outros tanques.


1938

Panzer IV (Pz.Kpfw. IV): Tanque médio, inicialmente com um canhão de 75 mm de cano curto (apoio de infantaria), depois atualizado para um canhão de 75 mm de cano longo (anti-tanque). A espinha dorsal das divisões Panzer.


1939

Sd.Kfz. 222: Carro blindado pesado, com canhão de 20 mm.


1940

Sturmgeschütz III (StuG III): Canhão de assalto baseado no chassi do Panzer III, inicialmente para apoio de infantaria, mas se tornou um efetivo destruidor de tanques.

  • 1942

    • Panzer VI Tiger I (Pz.Kpfw. VI Tiger I): Tanque pesado, com canhão de 88 mm, temível por sua blindagem e poder de fogo.

    • Marder I, II, III: Séries de caça-tanques abertos baseados em chassis de tanques franceses, tchecos e alemães, respectivamente.

  • 1943

    • Panther (Pz.Kpfw. V Panther): Tanque médio, considerado por muitos um dos melhores tanques da guerra, com excelente combinação de poder de fogo, blindagem e mobilidade.

    • Nashorn: Caça-tanques pesado, com canhão de 88 mm de cano longo.

    • Hummel: Obuseiro autopropulsado pesado.

    • Wespe: Obuseiro autopropulsado leve.

  • 1944

    • Panzer VI Tiger II (King Tiger): Tanque super-pesado, com canhão de 88 mm de cano longo e blindagem ainda mais espessa que o Tiger I.

    • Jagdpanther: Caça-tanques baseado no chassi do Panther, com canhão de 88 mm.

    • Jagdtiger: Caça-tanques super-pesado, o mais pesado da guerra, com canhão de 128 mm.

    • Sturmtiger: Morteiro de assalto pesado, disparava foguetes de 380 mm.

  • 1945

    • E-Series (Modelos Experimentais): Projetos de tanques padronizados que não entraram em serviço em larga escala antes do fim da guerra (e.g., E-50, E-75, E-100).

Estados Unidos

  • 1935

    • M2 Light Tank: Tanque leve, precursor de modelos posteriores.

  • 1939

    • M3 Light Tank (Stuart): Tanque leve, amplamente utilizado no início da guerra.

  • 1941

    • M3 Medium Tank (Lee/Grant): Tanque médio com um canhão principal de 75 mm montado na lateral do casco e um de 37 mm na torre. Uma solução provisória.

  • 1942

    • M4 Medium Tank (Sherman): O principal tanque médio dos EUA e dos Aliados, produzido em grande número. Inicialmente com canhão de 75 mm, depois atualizado para 76 mm e 105 mm.

    • M10 Tank Destroyer (Wolverine): Caça-tanques com canhão de 76 mm, baseado no chassi do Sherman.

  • 1943

    • M5 Light Tank (Stuart): Versão aprimorada do M3 Stuart.

    • M7 Medium Tank: Projeto de tanque médio que não foi produzido em massa.

    • M18 Hellcat: Caça-tanques rápido e leve, com canhão de 76 mm.

  • 1944

    • M24 Chaffee: Tanque leve, sucessor do Stuart, com um canhão de 75 mm.

    • M36 Tank Destroyer (Jackson): Caça-tanques com canhão de 90 mm, mais poderoso que o M10.

  • 1945

    • M26 Pershing: Tanque pesado (reclassificado como médio pós-guerra), que chegou tarde na guerra mas demonstrou ser capaz de enfrentar os tanques alemães mais pesados.

União Soviética

  • 1931

    • BT-Series (BT-2, BT-5, BT-7): Tanques de cavalaria rápidos, com suspensão Christie.

  • 1933

    • T-26: Tanque leve, amplamente produzido e com várias variantes.

  • 1939

    • KV-1 (Kliment Voroshilov): Tanque pesado, com blindagem espessa, que surpreendeu os alemães no início da Operação Barbarossa.

    • T-34: O mais famoso tanque soviético, considerado um dos melhores tanques médios da guerra. Inicialmente com canhão de 76 mm, depois atualizado para 85 mm (T-34/85).

  • 1940

    • KV-2: Tanque pesado de apoio de fogo, com um obuseiro de 152 mm.

  • 1941

    • KV-1S: Versão mais leve e rápida do KV-1.

  • 1943

    • SU-76: Canhão autopropulsado leve, para apoio de infantaria e anti-tanque.

    • SU-122: Obuseiro autopropulsado, para apoio de fogo.

    • IS-1 (Iosif Stalin-1): Tanque pesado, sucessor do KV-1.

  • 1944

    • IS-2 (Iosif Stalin-2): Tanque pesado, com canhão de 122 mm, projetado para combater os tanques pesados alemães.

    • SU-85: Caça-tanques com canhão de 85 mm.

    • SU-100: Caça-tanques com canhão de 100 mm.

    • ISU-122: Caça-tanques/canhão de assalto com canhão de 122 mm, baseado no chassi do IS.

    • ISU-152 (Zveroboy - "Caçador de Bestas"): Canhão de assalto pesado, com obuseiro de 152 mm, efetivo contra blindagem e fortificações.

Reino Unido

  • 1936

    • Matilda I: Tanque de infantaria, lento e bem blindado, com armamento limitado.

  • 1938

    • Matilda II: Tanque de infantaria, significativamente melhorado em blindagem e armamento (canhão de 2-pdr).

  • 1939

    • Valentine: Tanque de infantaria, muito confiável e amplamente produzido.

  • 1940

    • Crusader: Tanque de cruzador, rápido, mas com blindagem e armamento leves para o final da guerra.

  • 1941

    • Churchill: Tanque de infantaria, pesado e bem blindado, capaz de suportar danos significativos. Passou por várias atualizações de armamento.

  • 1942

    • Cromwell: Tanque de cruzador rápido, com canhão de 75 mm, uma melhoria significativa sobre tanques de cruzador anteriores.

  • 1943

    • Sherman Firefly: Versão britânica do M4 Sherman, equipada com o poderoso canhão de 17-pdr, capaz de penetrar a blindagem frontal dos tanques alemães mais pesados.

  • 1944

    • Comet: Tanque de cruzador, sucessor do Cromwell, com o canhão de 77 mm (versão do 17-pdr).

Japão

  • 1935

    • Type 95 Ha-Go: Tanque leve, um dos mais comuns do Exército Imperial Japonês.

  • 1937

    • Type 97 Chi-Ha: Tanque médio, a espinha dorsal das forças blindadas japonesas.

  • 1939

    • Type 97 Shinhoto Chi-Ha: Versão aprimorada do Chi-Ha com uma torre maior e um canhão de 47 mm de alta velocidade.

  • 1942

    • Type 2 Ka-Mi: Tanque anfíbio, usado para desembarques.

  • 1943

    • Type 3 Chi-Nu: Tanque médio, com canhão de 75 mm, desenvolvido para enfrentar os tanques aliados, mas produzido em número limitado.

  • 1944

    • Type 4 Chi-To: Tanque médio/pesado, com canhão de 75 mm de alta velocidade, mas poucos foram produzidos.

França (até 1940)

  • 1935

    • Renault R35: Tanque leve de infantaria, lento mas bem blindado.

  • 1936

    • Hotchkiss H35/H39: Tanque leve de cavalaria, usado por unidades de reconhecimento.

  • 1937

    • Somua S35: Tanque médio de cavalaria, considerado um dos melhores tanques de sua época, com boa blindagem e canhão de 47 mm.

  • 1939

    • Char B1 bis: Tanque pesado, com um canhão de 75 mm no casco e um de 47 mm na torre. Extremamente bem blindado para a época.

Itália

  • 1935

    • L3/35 (Carro Veloce 33/35): Tankette, usado para reconhecimento e apoio à infantaria.

  • 1939

    • M11/39: Tanque médio, com um canhão de 37 mm no casco.

  • 1940

    • M13/40: Tanque médio, mais bem-sucedido que o M11/39, com um canhão de 47 mm na torre.

  • 1941

    • Semovente 75/18: Canhão autopropulsado, baseado no chassi do M13/40, para apoio de fogo e anti-tanque.

  • 1942

    • M14/41: Versão aprimorada do M13/40.

    • M15/42: Versão ainda mais aprimorada, com motor mais potente.