Balbino e Pupieno (238)
O ano de 238 d.C., conhecido como o Ano dos Seis Imperadores, foi um dos períodos mais tumultuados da história do Império Romano, e os co-imperadores Balbino e Pupieno desempenharam um papel central nesse drama.
Contexto histórico
A instabilidade começou com uma revolta contra o impopular imperador Maximino Trácio. O Senado romano, tentando restaurar o controle aristocrático, apoiou Gordiano I e II como imperadores, mas ambos foram rapidamente derrotados. Para manter a autoridade senatorial, o Senado então nomeou dois senadores experientes: Balbino e Pupieno.
Quem eram Balbino e Pupieno?
Balbino era um senador aristocrático, mais ligado à elite urbana e considerado um homem de letras.
Pupieno, por outro lado, era um militar veterano, com reputação de severidade e experiência em campanhas, sobretudo na Germânia.
Duplo poder e desafios
Apesar da tentativa de estabilidade, o governo conjunto foi problemático:
Havia conflitos entre os dois, principalmente quanto ao estilo de liderança.
A população romana não confiava plenamente em nenhum dos dois.
O exército, especialmente a guarda pretoriana, não aceitava decisões impostas pelo Senado e via os imperadores com desconfiança.
Queda e assassinato
Enquanto Pupieno preparava defesas contra Maximino, Balbino enfrentava dificuldades em Roma. Após a morte de Maximino nas mãos de seus próprios soldados, esperava-se que a paz fosse restaurada. No entanto, as tensões entre os co-imperadores aumentaram, o que foi explorado pela guarda pretoriana. Em julho de 238, os dois foram assassinados em conjunto pela própria guarda, que então elevou o jovem Gordiano III ao trono.