Alexandre Severo (222 – 235)

 



Alexandre Severo, imperador romano entre 222 e 235 d.C., foi o último governante da dinastia severa e seu reinado marcou o fim de uma relativa estabilidade antes da turbulenta crise do século III. Assumiu o trono ainda adolescente, aos 13 anos, após o assassinato de seu primo, Heliogábalo. Sua mãe, Júlia Maméia, exerceu forte influência durante todo o seu governo, sendo uma das figuras mais poderosas da corte.

Política interna e reformas: 

Alexandre tentou restaurar os valores tradicionais romanos e conduziu um governo mais racional e moderado. Cercou-se de conselheiros experientes, favorecendo o Senado e promovendo reformas administrativas. Seu estilo de governo buscava evitar os excessos e escândalos que haviam marcado os anos anteriores.

Relações exteriores e desafios militares: 

Enfrentou desafios no front oriental com o ressurgimento do Império Sassânida e, mais tarde, ameaças germânicas nas fronteiras do Reno e Danúbio. Sua tentativa de apaziguar os povos germânicos por meio de negociações e pagamento de tributos foi mal recebida pelas legiões, que ansiavam por uma resposta mais agressiva.

Queda e legado: 

A insatisfação militar culminou em seu assassinato em 235 d.C., junto com sua mãe, pelos próprios soldados. Este evento marcou o início do chamado “período dos imperadores-soldados” e da crise do século III, quando o império mergulhou em instabilidade política, econômica e militar.

Apesar de não ter sido um imperador de feitos militares notáveis, Alexandre Severo é lembrado por seu esforço de restaurar a ordem, a justiça e os valores cívicos. Seu reinado é visto por alguns historiadores como o último suspiro de uma Roma clássica antes do longo período de declínio.