Século XXI: Crises Ambientais e Novos Movimentos Sociais

 

Século XXI: Crises Ambientais e Novos Movimentos Sociais

Introdução

O século XXI é testemunha de transformações profundas na relação entre a humanidade e o planeta. As crises ambientais tornaram-se um dos maiores desafios globais, com fenómenos como as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a poluição e a escassez de recursos a colocarem em risco a sustentabilidade da vida na Terra. Em resposta, surgem e fortalecem-se novos movimentos sociais, compostos por uma cidadania mais informada, interconectada e mobilizada, que exige mudanças estruturais nos modelos de desenvolvimento e nos sistemas políticos. Esta monografia analisa as principais dimensões das crises ambientais contemporâneas e os movimentos sociais emergentes que buscam enfrentá-las.

Capítulo 1: Crises Ambientais Contemporâneas

1.1 Alterações climáticas

  • Emissão de gases com efeito de estufa (GEE) e aquecimento global;

  • Efeitos visíveis: degelo polar, eventos climáticos extremos, subida do nível do mar;

  • Relatórios do IPCC e metas do Acordo de Paris.

1.2 Degradação ambiental e escassez de recursos

  • Deforestação, desertificação e perda de solos férteis;

  • Poluição do ar, da água e dos oceanos;

  • Crise da água potável e esgotamento de recursos naturais.

1.3 Impactos socioeconómicos e políticos

  • Aumento da pobreza ambiental e desigualdades globais;

  • Migrações climáticas e conflitos ecológicos;

  • Desafios para a segurança alimentar e energética.

Capítulo 2: Os Novos Movimentos Sociais

2.1 Características gerais

  • Atuação descentralizada e uso intensivo da internet e redes sociais;

  • Envolvimento de jovens, cientistas, indígenas e comunidades locais;

  • Enfoque ecológico, inclusivo e interseccional.

2.2 Exemplos de movimentos sociais contemporâneos

  • Fridays for Future (liderado por Greta Thunberg);

  • Extinction Rebellion e ações de desobediência civil não violenta;

  • Lutas ambientais locais (Amazónia, Standing Rock, florestas africanas);

  • Justiça climática e movimentos de transição ecológica.

2.3 O papel da sociedade civil e dos media digitais

  • Pressão sobre governos e empresas;

  • Campanhas de consciencialização e boicotes;

  • Plataformas de denúncia e mobilização em tempo real.

Capítulo 3: Políticas Ambientais e Desafios Globais

3.1 Governança ambiental internacional

  • Acordos multilaterais: Acordo de Paris (2015), COPs, Agenda 2030 da ONU;

  • Limitações da diplomacia ambiental e interesses nacionais divergentes.

3.2 Soluções sustentáveis e transição ecológica

  • Energias renováveis e descarbonização da economia;

  • Economia circular e agroecologia;

  • Iniciativas locais e cidades sustentáveis.

3.3 Desafios éticos e futuros possíveis

  • Ecoansiedade e o direito das futuras gerações;

  • Educação ambiental e cidadania ativa;

  • O dilema entre crescimento económico e sustentabilidade planetária.

Conclusão

As crises ambientais do século XXI exigem uma mudança radical de paradigma. Os novos movimentos sociais têm desempenhado um papel fundamental na visibilidade e urgência dessa transformação, desafiando modelos de produção e consumo insustentáveis. O futuro dependerá da capacidade coletiva de articular conhecimento científico, ação política e mobilização cidadã para construir um planeta mais justo e habitável. A sustentabilidade deixou de ser uma opção: tornou-se uma exigência histórica.

Bibliografia

  • LATOUR, Bruno. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Lisboa: Objectiva, 2019.

  • KLEIN, Naomi. Isto muda tudo: Capitalismo vs. Clima. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

  • GIDDENS, Anthony. A Política das Alterações Climáticas. Lisboa: Presença, 2009.

  • ONU. Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nova Iorque: ONU, 2015.

  • LÖWY, Michael. Ecossocialismo: Uma alternativa radical ao colapso ecológico. São Paulo: Cortez, 2020.

  • IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Relatórios de Avaliação (AR6), 2023.